Segundo José Pedro Machado (Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa), a palavra portuguesa assumiu inicialmente a forma próstese, mais próxima da grega, ‘próstesis’, «aplicação de uma coisa sobre outra» (cf. Isidro Pereira, Dicionário Grego-Português e Português-Grego). Contudo, José Pedro Machado sugere que a forma prótese terá surgido por influência do francês “prothèse”, com queda do s.
A necessidade deste preâmbulo deve-se ao facto de não se encontrar dicionarizada a forma apresentada na pergunta, nem existir um termo com o sentido aí indicado, isto é, em tradução literal, «o campo de conhecimento relativo à prótese». Actualmente, prótese tem o sentido já aqui comentado por F. V. Peixoto da Fonseca: «parte artificial do corpo» e «substituição [de parte do corpo por uma peça artificial]». Além disso, já existe o termo protético ou protésico, na acepção de «pessoa que trabalha em prótese dentária» (Cf. Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa).
Dado que se trata de uma área de actividade em desenvolvimento, há, na verdade, falta de um vocábulo que a designe adequadamente. Parece-me, por conseguinte, que protética, com o significado de «investigação na técnica de criar membros artificiais», é uma palavra bem formada, porque pode ser derivada de protético, já dicionarizada. A palavra segue, portanto, o modelo de estética, que é, historicamente, o feminino substantivado de estético (cf. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, versão brasileira).