Quando é, segundo a tradição gramatical, uma conjunção temporal «que inicia uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 583) — como se pode verificar na frase apresentada através da oração «quando o ministro americano se lembrou de repente».
As novas correntes linguísticas classificam-no, também, como conector temporal (Mira Mateus et al., Gramática da Língua Portuguesa, 5.ª ed., Lisboa, Caminho, 203, p. 722), usado «para exprimir o valor de tempo» (idem) ou «quando as frases temporais descrevem situações que se sobrepõem no tempo, total ou parcialmente, às situações descritas na subordinante» (idem, p. 106).
É de referir que esta última terminologia é aceite pelo Dicionário Terminológico, que, nas classes de palavras, define conectores como «uma classe de marcadores discursivos, que ligam um enunciado a outro enunciado ou uma sequência de enunciados a outra sequência, estabelecendo uma relação semântica e pragmática entre os membros da cadeia discursiva, tanto na sua realização oral como na sua realização escrita».
Por sua vez, atendendo ao contexto em que ocorre, a expressão «mal tinha» significa «apenas tinha», pois a palavra mal é, neste caso, usada como advérbio com valor de «apenas», «somente».