Começo por esclarecer que não temos nenhum dicionário publicado e que o tipo de ajuda de que precisa requer mais investigação do que a que podemos dar-lhe aqui.
Seja como for, remeto-a para José Pedro Machado, que no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa diz tratar-se de topónimo de Entre Douro-e-Minho (Santo Tirso), Trás-os-Montes (Valpaços) e Beira (Carregal do Sal, Tábua); também se encontra na Galiza. Existe uma ribeira com este nome, também chamada Ribeirinha. Atestado entre 907 e 1057 como Alvarelios e Alvarelius. Machado termina com uma hipótese: «Deve estar ligado a Álvaro.»
Contudo, A. de Almeida Fernandes refuta a opinião de Machado (Toponímia Portuguesa, Arouca, Associação de Defesa Arouquense, 1999, pág. 40):
«Não se entende tal ligação, pelo próprio sufixo, -elhos; de mais a mais, no plural: que poderia, de facto, significar, com toda esa vulgaridade toponimicamente expressa? O que temos é «alvar» + elho (<-iculu-), no plural, reflectindo um antigo vocábulo, *alvarelho, relativo àquela espécie de carvalho.»
Alvarelhos liga-se ainda ao topónimo Alvarede, que Machado também deriva de Álvaro, mas Almeida Fernandes rebate tal sugestão (idem):
«O que se tem em Alvaredo é o derivado em -edo < -etu de «alvar», relativo ao carvalho: este produziu topónimos como Alvares, Alvarenga, Alvarinho, etc; e o sufixo -edo é «botânico» por excelência, sendo aquela espécie vegetal a caracterizadora de região fitoclimática na metade norte do País.»
Recorde-se que a quercus robur é também conhecida em Portugal como carvalho alvarinho. Este adjectivo deriva de alvar, por sua vez formado com base em alvo, «branco», do latim albus, a, um, «branco, claro, puro». Mas clara não é de certeza a evolução semântica de alvar, «de cor branca», a alvarinho, «espécie de carvalho».