1. A metodologia de investigação científica/académica consiste, em geral, na recolha, observação e análise dos dados; no levantamento de hipóteses explicativas para um fenómeno que envolve esses dados; na confirmação ou infirmação dessas hipóteses, através de verificação por experimentação; e na formulação de conclusões e leis.
A aplicação dos resultados de uma dada investigação, de modo a ela ter efeitos na vida das pessoas, pode fazer-se apenas indirectamente e demorar bastante tempo, pois exige desenvolvimento de processos tecnológicos e testagens.
2. Em registo corrente (fora do âmbito do tecnolecto da ciência), os falantes têm meios linguísticos (gramaticais ou lexicais) para marcar o modo como encaram a realização de uma dada acção. A acção pode ser encarada como certa, provável, possível ou hipotética.
Uma situação tomada como uma hipótese tem já um grau de efectividade bastante reduzido. Mas se se fizer derivar o sentido de hipótese do universo de discurso da ciência para o do uso geral, então esse grau aumenta. A expressão idiomática hipótese meramente académica é um processo lexical que assinala e acentua (através do restrição em meramente) que a situação considerada tem uma possibilidade mínima/quase nula de consumação.