Tanto é correcto ser empresário como ser-se empresário. Em ser-se, o elemento se é uma palavra, também chamada partícula, indeterminante do sujeito, porque não é por ela que sabemos qual é o sujeito. É muito vulgar esta função do se: 1. Aqui está-se bem. (Quem? Não sabemos). 2. Que se acabe com esses abusos. 3. Ainda não se sabe quem cometeu o crime. 4. É muito difícil saber-se quem cometeu o crime. 5. Dá muito trabalho ser-se empresário. O se nunca pode ser usado como forma reflexa. O que é usado como forma reflexa é o verbo, e não o se. Este é um pronome reflexo para mostrar que certa forma verbal é reflexa, como por exemplo em: 6. Ele vestiu-se rapidamente. 7. O João feriu-se, quando caiu. Como vemos nestas duas frases, o pronome pessoal se desempenha a função de complemento directo.