Foneticamente, na língua portuguesa existem duas semivogais, também denominadas de glide ([j] [w]). As semivogais têm características idênticas às das vogais [i] e [u], mas apresentam uma pronúncia breve. Juntamente com as vogais, as semivogais constituem ditongos crescentes (ou seja, vogal seguida de semivogal), e ditongos decrescentes (semivogal seguida de vogal). Às semivogais pode ser atribuído o traço de nasalidade, em associação a vogais nasais, surgindo então os ditongos nasais, tão característicos do português.
Em português, os ditongos nasais, que são sempre decrescentes, podem ser:
[ɐ̃j̃].....alemães
[õj̃].....anões
[ãw̃].....adopção
[ũj̃].....muita
As semivogais não nasais ou orais são aquelas que não são nasalizadas. Em português, os ditongos possíveis em que participam semivogais orais são os seguintes:
[ɛj].....pincéis
[ɐ j].....apneia
[aj.....pai
[ɔj].....destrói
[oj].....boi
[uj].....contribuir
[iw].....riu
[ew].....abreu
[ɛj].....bailéu
[ɐw].....saudade (pronúncia que não é considerada normativa)
[aw].....cacau