A construção não é errada, embora possa provocar estranheza do ponto de vista da sonoridade.
Na expressão apresentada em (1) está presente uma sequência de grupo nominais organizados de forma hierárquica:
(1) «[um saco de [farelo de milho]]»
Nesta construção o núcleo é o substantivo saco, que é complementado pelo grupo preposicional «de farelo (de milho)», que especifica o conteúdo do saco em questão. Por seu turno, o nome farelo assume-se como núcleo do grupo preposicional «de milho», que vai especificar a natureza do farelo referido na construção. O facto de o substantivo nuclear se ligar ao constituinte que completa a informação por meio da preposição de é muito comum. Na construção em análise, esse fenómeno ocorre duas vezes num contexto de muita proximidade do ponto de vista sintático, o que provoca a estranheza que refere o consulente, pela repetição da preposição de. Todavia, como se disse, não estamos perante uma construção incorreta, mas apenas menos elegante.
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