Em linguagem comum, não tem muita lógica que se utilize a expressão «repete igual». No entanto, em contextos específicos, é bem provável que possa utilizar-se a expressão, sem que pareça um pleonasmo desnecessário.
Com efeito, pode, por exemplo, repetir-se uma ideia, mas com palavras distintas, procedimento muito comum em documentos destinados a apresentação oral. Ou pode repetir-se uma dada entidade, através de elipse (não está expressa, mas reconhecemos a sua presença, que identificamos como subentendida), ou de pronominalização: «O João comprou um livro e [o João] leu-o.»
Ora, se é possível haver repetições parciais, ou com alguma variação, poderá também haver repetições em que valha a pena frisar que devem ser executadas de forma exactamente igual. Mas saliento que a expressão «repete igual» só se justificará se o contexto e o conhecimento dos interlocutores tornar clara e, até, necessária a explicitação que o adjectivo igual veicula.