Quem só se emprega em relação a pessoas, mas de modo geral. É claro que também se emprega relativamente a Deus, porque Deus também é pessoa, embora não pessoa humana. Ex.:
a) Todos os dias oro a Deus, a quem devo a minha existência espiritual.
Mas, além do caso geral, há também os casos particulares. Emprega-se em relação a seres não-pessoas, quando os aproximamos de nós. Ex.:
b) Amo aquela Coimbra, a quem devo o que sou.
É como se Coimbra fosse um ser quase humano. Assim, fica esta cidade engrandecida. Camões escreveu n' Os Lusíadas, IV, 95, engrandecendo a vaidade:
c) «Ó vã cobiça desta vaidade, a quem chamamos fama!»
Engrandeceu e ao mesmo tempo apoucou.
E Alexandre Herculano nas Lendas e Narrativas, II, 12:
d) «o senhor de Biscaia tinha um alão a quem muito lhe queria…»
Queria-lhe como fosse pessoa.