Os termos «quantificador indefinido» e «quantificador universal» fazem parte da Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS), com as seguintes definições:
quantificador indefinido: «induz uma leitura existencial ou relativa a um valor considerado como ponto de referência»; por exemplo, algum(ns), bastante(s), certo(s), outro(s), pouco(s), tanto(s), vário(s).
quantificador universal: «induz uma leitura do grupo nominal relativa a todos os elementos do conjunto considerado»; por exemplo,todo(s)/toda(s), ambos, cada, qualquer.
Contudo, o documento TLEBS: alterações destaques, destaques,propostas (Ministério da Educção/DGIDC, 2006, pág.27) indica que qualquer «pode funcionar como quantificador indefinido (Havia qualquer coisa estranha = havia alguma coisa coisa...)».
Note-se que qualquer pode também ser usado como quantificador negativo, apesar da reprovação de muitos puristas. Sobre este emprego, observa Maria Helena de Moura Neves/Guia de Uso do Português, Confrontando Regras e Usos, São Paulo, Editora UNESP, 2003):
«Em manuais normativos condena-se o uso de qualquer com valor negativo, recomendando-se, nesse caso, o uso de nenhum. "De resto, a doida não deu NENHUM sinal de guerra (...)" Entretanto, a forma é usual, nesse contexto, nos diferentes registros. "O Ministério também não deu qualquer retorno."»