O termo presépio (do latim praesaepe-, ou praesepĭu-, «estábulo; manjedoura») significa «representação do nascimento de Cristo num estábulo; estábulo» (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, 2010), do que se infere que se trata de um nome comum, pois não nos fornece dados de um grupo ou de um conjunto da mesma espécie, de uma parte organizada de um todo (de seres ou de coisas), inerentes ao conceito de coletivo.
Embora haja uma definição de presépio — do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa (2001) —, como «retábulo ou conjunto de figuras representando o nascimento de Cristo e que se costuma usar por ocasião do Natal», o que nos poderia levar a pensar na hipótese de se tratar de de um nome coletivo, a realidade é que não nos podemos basear numa única fonte para se classificar tal nome nessa subclasse.
Para além disso, importa ter como referência a especificidade dos nomes coletivos — «são os substantivos/nomes comuns que, no singular, designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 178) — e, apesar de a definição do dicionário acima citado se referir ao conjunto de figuras representativas do nascimento de Cristo (Maria, José, menino Jesus, a vaca, o burro, os pastores e os reis magos), há diversidade nesse conjunto (pessoas e animais). Portanto, não nos parece enquadrar-se nas caraterísticas de um nome coletivo.