No âmbito da norma-padrão, o vocábulo porquê não se pode empregar no início de uma interrogativa finita. Não é aceitável dizer-se: «porquê estás a estudar», «porquê não vens comigo». Nestes exemplos, com o verbo expresso por uma forma finita, ocorre porque, e não porquê:
a) «Porque é que estás a estudar?»
A expressão «é que» põe em foco, enfatiza determinada palavra ou expressão numa frase: «a cor é que não agradou muito» (Dicionário Eletrônico Houaiss, s.v. ser).
Contudo, o vocábulo porquê pode empregar-se no início de uma frase com verbo expresso, quando esse verbo está no infinitivo:
b) «Porquê acreditar em tudo isso?»
c) «Porquê acreditarmos nós em tudo isso?»
Como advérbio também se emprega porquê no princípio de frase, quando se omite o verbo:
d) «Porquê tanta maldade no mundo?»
e) «Porquê tudo isto?»