É panomania. O acento em "panómania" é um erro grosseiro. O sufixo de origem grega `-mania´ leva a tónica para a letra `í´ na sucessão ia, convertendo-a automaticamente num conjunto de duas vogais e fazendo com que a palavra seja paroxítona (ex.: cleptomania, ninfomania, piromania, etc.). Assim, como as paroxítonas terminadas em `a´ não são acentuadas, qualquer acento nestas palavras é um disparate (incluindo o grave, que foi banido nas subtónicas). Mesmo que considerássemos o termo uma falsa esdrúxula (atendendo à instabilidade dos ditongos crescentes), o acento só poderia aparecer na sílaba *ma, pois não há na nossa comum língua tó[ô]nicas anteriores à antepenúltima sílaba.
Se a preocupação dos inventores do vocábulo foi abrir o `o´, penso que isso não se justificava, pois, nos exemplos acima citados com o sufixo `-mania´, os oo são todos pronunciados com timbre semiaberto ¦ó¦. E, depois, na pronúncia com o timbre do `o´ fechado ¦u¦, viria algum inconveniente para a divulgação duma casa que talvez pretenda dar a ideia de que procura satisfazer quem tenha `a mania do pano´?
A criatividade no léxico não é arbitrária: há normas. Eu repito muitas vezes que se deve incentivar a inovação, mas também sublinho que deve ser alicerçada num profundo conhecimento das regras, pois o pretendido `talento renovador´ pode cair no `erro grosseiro´...
Ao seu dispor,