As orações subordinadas substantivas poderão ser colocadas antes do verbo.
Se se tratar de uma oração subordinada substantiva relativa, ela poderá surgir antes do verbo desempenhando a função sintática de sujeito. Esta é a sua posição mais frequente:
(1) «Quem lê muito tem outro conhecimento do mundo.»
A oração «Quem lê muito» pode, neste contexto ser substituída pelo pronome pessoal ele:
(2) «Ele tem outro conhecimento do mundo.»
Se se tratar de uma oração subordinada substantiva completiva com função de sujeito, ela poderá, nalguns casos, ser colocada antes do verbo, como se verifica em (3):
(3) «Que faça muito frio é algo esperado no inverno.»
Também neste caso é possível substituir a oração por um pronome, neste caso o pronome isto:
(4) «Isto é algo esperado no inverno.»
As orações subordinadas substantivas completivas têm, todavia, tendência a ser colocadas depois do verbo, tal como se verifica em (5):
(5) «É aborrecido que eles tenham faltado.»
Quando a oração subordinada substantiva completiva tem função do complemento direto (é objetiva), esta surge habitualmente depois do verbo. Não obstante, em condições particulares pode ser colocada antes do verbo. O exemplo seguinte é apresentado por Bechara:
(6) «Que todos iam sair cedo, eu o disse ontem.»1
Neste caso, a oração subordinada é colocada à cabeça da frase, sendo retomada pelo pronome o.
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1. Bechara, Moderna Gramática Portuguesa. Edições Lucerna, p. 158