Todas as formas são possíveis de acordo com diferentes contextos. Exemplos:
1. «Posso ir à sua casa, se (vocês) não se importam?»
2. «Posso ir à vossa casa, se (vós) não vos importeis?»
3. «Posso ir à casa de vocês, se (vocês) não se importam?»
No Português actual, os pronomes possessivos seu, sua, seus, suas dão lugar a ambiguidades porque podem ser usados para os seguintes possuidores: ele, ela, eles, elas, você, vocês. Para além de saírem da ambiguidade, os falantes usam frequentemente a proposição de antes destas palavras. Assim: a casa dele, a casa dela, a casa deles, a casa delas, a casa de você, a casa de vocês.
Entretanto, vosso, vossa, vossos, vossas deveriam ter caído em desuso para aqueles que não usam a segunda pessoa do plural, mas, como estas palavras são reconhecidamente cerimoniosas, muitos falantes usam-nas mesmo quando tratam os interlocutores na terceira pessoa do singular e, especialmente, na terceira pessoa do plural.
Este uso é de tal modo frequente que muitos falantes terão dificuldade em aceitar a primeira hipótese («Posso ir a sua casa? (Se não se importam?)»), embora seja este o possessivo adequado.