Não, porque parece usar-se sobretudo no contexto em que se refere a situações em que o corpo da mulher grávida se imuniza contra o feto, como se constata nesta frase:
«A trombocitopénia neonatal aloimune resulta da incompatibilidade dos antigénios plaquetários entre a mãe e o feto, originando a destruição das plaquetas fetais, mediada por anticorpos.»
Trata-se, pois, do adjectivo relativo a alo-imunização, sinónimo de iso-imunização.
Este termo é definido no Dicionário Médico de L. Manuila e outros (Lisboa, Climepsi Editora) do seguinte modo: «Imunização de um indivíduo por um antigénio proveniente de outro indivíduo da mesma espécie. Os principais factores de grupos sanguíneos que podem dar lugar a uma iso-imunização são os do sistema Rh (iso-imunização fetomaterna).»1
Auto-imune é o adjectivo correspondente a auto-imunidade, «estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias; auto-alergia» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
1 Note-se que o dicionário consultado usa hífen entre os prefixos de origem grega iso- e alo- e o segundo elemento de formação, se este começar por vogal; supomos que o mesmo acontecerá antes de h, r e s, tal como se faz actualmente com o prefixo auto-. Este uso só parece correcto se o segundo elemento não tiver origem grega. Caso contrário, não há hifenização: aloantígeno/isoantígeno, isoieta (<iso+hieta), alorritmia/ isorritmia, alossoma, isossilábico.