A forma meta, como elemento de formação de palavras, é considerada um prefixo e, como tal, o novo acordo ortográfico prevê que só se use hífen quando o elemento seguinte começa por a ou h; ex.: meta-aprendizagem; meta-história. As palavras em questão escrevem-se, portanto, assim:
metacrítico, metarreflexão, meta-análise, metacognitivo, metanarrativo, metadidáticas e metapráxica.
No contexto do anterior acordo, o de 1945 (AO 45), o prefixo em referência aglutina-se sempre ao elemento seguinte, conforme prevê Rebelo Gonçalves, no Tratado da Ortografia Portuguesa (1947, pág. 76). Assim, entre as palavras acima indicadas, uma teria forma diferente à luz do AO 45: trata-se de metanálise, uma vez que se considera que o a de meta podia ser omitido na aglutinação ao elemento seguinte [cf. entrada met(a) – no Dicionário Houaiss].
Observe-se, contudo, que a forma metanálise se especializou como termo linguístico, na aceção genérica de «segmentação não etimológica de um vocábulo, locução ou enunciado, que foram interpretados pelos falantes de forma diversa daquela determinada por sua origem» (Dicionário Houaiss). Sendo assim, e voltando à aplicação do AO 90, se o termo se fixou com essa forma, parece agora descabido reanalisá-lo de modo a inserir um hífen. Trata-se de um caso a ponderar por quem elabora os vocabulários ortográficos.