O valor de conexão ativado por «por isso»1 será, na frase em questão, o de conclusão.
Simplificamos aqui a frase apresentada para facilitar a analise:
(1) «As tecnologias não foram concebidas para lhes resistirmos. Por isso, urge agir.»
Note-se que, caso estivéssemos perante um valor causal, seria possível substituir «por isso» pela conjunção porque, o que não é aceitável:
(2) «*As tecnologias não foram concebidas para lhes resistirmos, porque urge agir.»
Esta inaceitabilidade justifica-se atendendo a que a situação descrita como «urgir agir» não é a causa que tem como consequência o facto de as tecnologias não ter sido concebidas para que se lhes resista.
É, no entanto, possível substituir «por isso» por consequentemente ou por logo, que expressam mais claramente este valor de consequência:
(3) «As tecnologias não foram concebidas para lhes resistirmos. Consequentemente / Logo, urge agir.»
Disponha sempre!
*assinala a inaceitabilidade da frase.
1. Para uma classificação do conector «por isso», leia-se esta resposta de Carlos Rocha.