A forma “melaria”, enquanto nome, é possível dentro da língua portuguesa: é constituída por uma base nominal – mel – e um sufixo derivacional, -aria, que permite a formação de novos nomes (ver Margarita Correia e Lúcia San Payo Lemos, Inovação Lexical em Português, Lisboa, Edições Colibri, págs. 29/30). É, portanto, um vocábulo criado como o nome queijaria, constituído pelo radical de queijo, queij-, e -aria (sufixo), com o significado de «lugar onde se fabricam ou vendem queijos» (Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora).
Acresce que o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, regista o verbo melar, que, entre vários significados, abrange o de «produzir mel». É, pois, aceitável pensar numa palavra derivada de mel para designar o «lugar onde se produz mel».
Contudo, “melaria” não se encontra registada nos dicionários consultados (os que já referi, mais o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, na versão brasileira, o Dicionário Universal da Língua Portuguesa, da Texto Editora, e o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Cândido Figueiredo). Tal não quer dizer que o vocábulo não comece a ser usado, uma vez que é uma possibilidade do nosso sistema linguístico.