Os substantivos que designam globalmente os indivíduos que constituem povos, grupos regionais, raças e tribos são considerados como próprios e, por isso, devem ser iniciados por maiúscula. Exemplos: «os Portugueses», «os Beirões», «os Índios», etc. (ver Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa, de Magnus Bergström e Nesves Reis, 48.ª edição, pág. 37).
Recorde-se que o Acordo Ortográfico de 1945, em vigor em Portugal, estipula o seguinte na Base XXXIX:
«Os nomes de raças, povos ou populações, qualquer que seja a sua modalidade [...], escrevem-se todos com maiúscula inicial, por constituírem verdadeiras formas onomásticas. Exemplos: os Açorianos, os Americanos, os Brasileiros, os Cariocas, os Hispanos, os Lisboetas, os Louletanos, os Marcianos, os Mato-Grossenses, os Minhotos, os Murtoseiros, os Negros, os Portugueses, os Tupinambás; [...].
Relativamente a todos estes nomes, note-se que é importante distinguir deles as formas que podem corresponder-lhes como nomes comuns e que, como tais, exigem o emprego da minúscula inicial: muitos americanos, quaisquer portugueses, todos os brasileiros; [...].
Note-se ainda que os nomes de raças, povos ou populações mantêm a maiúscula inicial, quando empregados, por metonímia, no singular: o Brasileiro = os Brasileiros, o Mineiro = os Mineiros, o Minhoto = os Minhotos, o Negro = os Negros, o Português = os Portugueses, o Tupinambá = os Tupinambás.»