As formas das frases – afirmativa ‘versus’ negativa; activa ‘versus’ passiva ou enfática ‘versus’ neutra – combinam-se com os tipos de frase: declarativa, exclamativa, imperativa e interrogativa. Enquanto tipo de frase, o exemplo em apreço é uma frase exclamativa. Relativamente à forma, considerá-la-ia, afirmativa, activa e enfática, ainda que não o seja formalmente.
Do ponto de vista formal, uma frase enfática distingue-se de uma neutra pela existência daquilo que é habitual designar expressões enfáticas – é… que; foi… que, é só… que, é… mesmo, etc. – e que nos estudos mais recentes surge como clivagem.
A frase que apresenta não tem qualquer elemento que nos permita identificá-la como enfática. Tê-lo-ia, se, por exemplo, incluísse o advérbio mesmo: «Isto é mesmo um assalto!» No entanto, poderemos dizer que, do ponto de vista pragmático, ou seja, tendo em conta o contexto específico em que esta frase ocorre, bem como o tipo de frase em que se insere, ela veicula, efectivamente, uma mensagem que se destaca, logo, não tem a forma neutra e, por oposição, tem a forma enfática.
O deíctico, ou seja, o pronome demonstrativo, remetendo para a realidade, tem, aí, a função de situar a frase num determinado contexto espácio-temporal. Essa função não está, necessariamente, associada às formas das frases, embora, porque fornece informação contextual, possa ajudar a interpretar uma situação de comunicação.