O uso de artigo definido (o, a, os, as) antes de nomes geográficos, normalmente designados de topónimos, não corresponde a uma regra rígida no português.
Na Nova Gramática do Português Contemporâneo são apresentados alguns exemplos para o uso ou não do artigo definido com os topónimos.
Segundo esta gramática, usa-se o artigo antes de nomes de países, regiões, continentes, montanhas, vulcões, desertos, constelações, rios, lagos, oceanos, mares e grupos de ilhas, como, o Brasil, os Estados Unidos, os Açores, o Nilo. No entanto, existem alguns contra-exemplos a esta regra, como Portugal, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau, Timor, Andorra, Israel.
Ainda de acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, não se usa geralmente o artigo definido com os nomes de cidades, de localidades e da maioria das ilhas, como Almada, Campo Grande, Creta. No entanto, apresentam-se alguns contra-exemplos, nomeadamente os casos de nomes de cidades e localidades que derivam de um substantivo comum, como a Guarda, o Porto, o Rio de Janeiro, a Figueira da Foz.
No caso do exemplo que indica, penso que não é necessária a presença do artigo e que se segue a regra indicada acima: ilha de Páscoa. Pelo menos, é assim que surge este nome no Grande Dicionário Enciclopédico Verbo ou no verbete dedicado a pascoense no Dicionário Houaiss. Note-se, no entanto, que a forma «ilha da Páscoa», com artigo, é também corrente, o que remete para soluções duplas como «na Páscoa» em contraposição a «Domingo de Páscoa».