Gronelândia é, de acordo com o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, preferível a Groenlândia.
Quanto à segunda parte da pergunta, o Dicionário Houaiss regista a forma zíper (zíperes, no plural): «fecho de correr constituído por dois cadarços com dentes metálicos ou plásticos que se encaixam por acção de um cursor». Explica ainda que o vocábulo vem de “Zipper”, marca registada. Diz ainda que é o mesmo que fecho ecler e quase repete a definição na entrada deste. Regista também a variante fecho-relâmpago. Já o Dicionário da Porto Editora, por exemplo, abona a forma fecho-éclair: «Fecho constituído por duas bandas munidas de dentes de metal ou de plástico, que encaixam através de um cursor e permitem abrir e fechar peças de vestuário, malas ou sapatos; fecho de correr.» E diz que zíper é brasileirismo. Mas quem mais luz faz sobre o assunto é o jornal português Expresso, que, na sua edição de 8/6/2002, pela pena de Nuno Crato, escreve o seguinte:
«A palavra "zip" apareceu na língua inglesa em meados do século XIX para designar um movimento muito rápido. É uma onomatopeia, uma palavra que imita o som próprio da coisa significada: imagina-se uma bala fazendo "zip" por cima das nossas cabeças...
O termo era pouco usado até que, já no século XX, um fabricante norte-americano de fechos de correr resolveu chamar-lhes "zipper", para anunciar pela palavra a rapidez de actuação do invento. Os franceses traduziram a designação de outro fabricante de além-Atlântico, que lhes chamava fechos "lightning", e transformaram-na em "éclair". As designações são todas sugestivas, pois fechar um fecho de correr é certamente muito mais rápido que abotoar uma fileira de botões. Mas o termo que chegou a Portugal foi o da tradução francesa: "fecho-éclair".
(...)
A importação das palavras dá voltas e reviravoltas. Não será surpreendente que, daqui a poucos anos, abandonemos o gálico "fecho-éclair" e adoptemos o "zipper" anglo-saxónico.»
... ou que prefiramos a mais vernácula expressão fecho de correr!