Tanto o Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), da responsabilidade do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) como o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Porto Editora, assim como o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, registam as duas formas do nome feminino — glicose e glucose —, o que atesta a legitimidade dos dois termos.
Verificámos, contudo, que alguns dicionários consideram glicose como a forma mais adequada, como é o caso do Dicionário Priberam — que afirma que glucose é uma forma incorreta — e do Dicionário Houaiss, que não contempla a entrada glucose.
No entanto, e a corroborar a posição dos três atuais vocabulários ortográficos, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, e a Infopédia registam, também, as duas formas — glicose («do grego glykýs, "doce" +-ose») e glusose — como sinónimas.
É de notar, porém, que, no sítio português Médicos de Portugal, são consideradas as duas formas (derivadas do francês/inglês glucose: «Glicose (ou glucose) s. f. (fr. e ing. glucose). Açúcar simples (não hidrolizável), que é a hexose mais abundante na natureza (sob a forma de glicose dextrógira ou dextrose), que serve de referência à classe dos glícidos. Alimento energético essencial, constitui a forma principal sob a qual os açúcares podem ser utilizados pelo organismo. A sua concentração no sangue é a glicemia. Pode ser administrada por via intravenosa (soro glicosado). Prepara-se por hidrólise de matérias amiláceas. Sin. de açúcar de amido, açúcar da uva.»
Nota: Sobre este tema, aconselha-se a leitura das seguintes respostas: Aminoglicósideos e Hiperglicemia.