Claro.
Os topónimos em apreço não têm gentílicos de uso generalizado ou fixados em dicionários gerais. Pode-se, no entanto, sugerir a criação de gentílicos seguindo o modelo mais frequente, que é o de empregar o sufixo -ense ou -ês; p. ex., ruanense/ruanês, dordonhense/dordonhês, grenoblense/grenoblês.1
Quanto a Cólquida, o Aulete Digital regista colco, «da Cólquida, antiga província da Ásia Menor; dai natural ou habitante»; como vocábulos sinónimos, o mesmo dicionário acolhe fasíaco ou fasiano, «que diz respeito ao rio Fásis, que banhava a Cólquida; relativo à Cólquida». Outra solução é criar colquidiano, a partir da forma francesa colchidien (ver M. A. Bailly, Dictionnaire Grec-Français, 11.ª edição, s.v. Κολχος).2
1 Apesar de Rebelo Gonçalves registar Grenobla como equivalente vernáculo do francês Grenoble, o certo é que, pelo menos, em português europeu, se usa a forma francesa.
2 Em grego antigo, Κολχος designava o habitante da Cólquida (ver M. A. Bailly, Dictionnaire Grec-Français, 11.ª edição). Esta palavra assumia em latim a forma Colchus (substantivo da 1.ª declinação; ver Dictionnaire Gaffiot Latin-Français, 1934), que dá origem a colco.