Assim como de desenhar forma desenhador (dicionarizado) ou de escrevinhar obtém escrevinhador (igualmente dicionarizado), pode também criar garatujador a partir de garatujar, para designar «o que garatuja». Não é um «assassinato» (há quem prefira assassínio), porque os nomes terminados pelo sufixo (-d)or são derivados de temas de verbos (desenha-, escrevinha-, garatuja-) por regras que são produtivas dentro do sistema morfológico do português.
Estes nomes designam normalmente o agente da acção expressa pelo verbo donde derivam. Pode acontecer que um desses nomes regulares tenha um uso não tão especializado como outros de formação menos regular ou mais idiossincrática que abrangem também esse sentido de agente. É um pouco o caso do contraste entre escrevedor e escritor: o primeiro significa «o que escreve (às vezes de formas medíocre)», e o segundo, «aquele que escreve obras literárias» (cf. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
De qualquer modo, penso que o disse é suficiente para declarar a boa formação do neologismo garatujador.