Quando propomos uma classificação para uma dada frase, teremos de ter bem presente que fa{#c|}tores estamos, de fa{#c|}to, a considerar. Se nos detivermos nos aspectos puramente estruturais ou na construção da frase propriamente dita, então, neste caso, estamos indubitavelmente perante uma frase de tipo imperativo. A comprová-lo sublinhe-se o fa{#c|}to de a frase em análise integrar o verbo dizer no modo imperativo.
Podemos, no entanto, considerar esta frase sob o ponto de vista pragmático, isto é, tendo em conta os seus diversos usos em diferentes contextos. A frase «diz-me o teu nome», continuará a exprimir uma ordem/pedido, na sua primeira acepção; no entanto, dependendo do contexto em que for usada, pode constituir um a{#c|}to de fala indire{#c|}to correspondente a uma pergunta. Contudo, a id{#e|é}ia de "pergunta" só indire{#c|}tamente pode ser associada à frase, na medida em que não é por ela dire{#c|}tamente expressa e resulta, em grande medida, da situação de comunicação concreta e do contexto em que esta se desenrola.
Em suma: «diz-me o teu nome» é uma frase imperativa que, em contextos apropriados, pode ser entendida pelos interlocutores como um a{#c|}to de fala indire{#c|}to que corresponde a uma pergunta.