O sufixo -ema é muito produtivo na criação de palavras em várias áreas do saber – teorema –, sobretudo na linguística – fonema, morfema, etc.
Veicula como significado essencial «unidade estrutural mínima de». Assim, um fonema designa a unidade mínima, que permite identificar um som como entidade distinta. De uma forma simplista, poderemos dizer que o som à, primeira vogal da palavra fala, é diferente do som a, correspondente ao segundo a da mesma palavra. Se interessasse, poderíamos descrever em que consiste a diferença dos dois sons indicando, por exemplo, o ponto de articulação de cada um deles.
Em teorema, a unidade mínima é um pressuposto, ou afirmação, que pode ser demonstrado e mesmo submetido a cálculo matemático.
Também em estilema há uma unidade mínima que pode ser identificada e descrita. Podemos encontrar estilemas vários no estilo de uma época. Há, por exemplo, um conjunto de características estilísticas que distinguem o Romantismo do Realismo. E, no seio de cada um destes movimentos, é possível identificar estruturas específicas que são utilizadas por um autor. Lembremo-nos, por exemplo, do estilema de Eça de Queirós que consiste num determinado sentido veiculado ao diminutivo; ou do uso característico dos advérbios de modo. Cada uma destas especificidades é um estilema que identifica e distingue este autor.
Poderemos, pois, dizer que estilema é a unidade mínima que permite identificar e isolar uma característica de um estilo.