Os encontros vocálicos postónicos/postônicos que menciona são ditongos crescentes. A norma não impede que os ditongos crescentes sejam separados na translineação. Mas alguns vernaculistas (ex.: Rebelo Gonçalves) recomendam que não se deixe uma vogal isolada na linha seguinte (repare que começar uma linha com a, e ou o, da palavra interrompida na linha anterior, pode estabelecer confusão com estas partículas: quando aparecem isoladas no discurso (confusão que não se verifica nos casos em que a separação deixa uma vogal no fim da linha, porque, então, a vogal é seguida de hífen). Como deve saber, estas palavras com os encontros vocálicos postónicos/postônicos designam-se por proparoxítonas (ou esdrúxulas) aparentes, pois são consideradas paroxítonas (graves) por muitos gramáticos; o que constitui mais um motivo para que a última sílaba não se separe. Mas repare que o encontro vocálico final deixa de ser um ditongo quando u ou i não é uma semivogal, mas uma vogal (ex.: lua, fugia, etc.). Estamos então efectivamente/efetivamente em presença de hiatos. Continua, no entanto, válida a recomendação de não deixar uma vogal isolada na linha seguinte, pelo primeiro motivo apontado acima.