Em «Gosto de doce de abacaxi», «de abacaxi» é adjunto nominal expresso por locução adjetiva. Como indica a Nova Gramática do Português Contemporâneo, «adjunto adnominal é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o signficado de um substantivo, qualquer que seja a função deste». Se o substantivo aí é doce, qualquer coisa que esteja ao redor dele é adjunto adnominal: «doce caro», «doce barato», «doce caseiro». A locução adjetival compõe-se de, no mínimo, duas palavras que, unidas, funcionam como adjetivo. É o caso de patas de leão = leoninas, asas de anjo = angelicais, etc. Abacaxi ou de abacaxi, portanto, não é aposto.
Em «A rua de Copacabana está suja» e «A praia de Copacabana está suja», «de Copacabana» é mais uma vez adjunto adnominal, como no exemplo acima, desta vez expresso por nome próprio.
Haveria aposto especificativo na seguinte oração: «Vi o filme Deus É Brasileiro.» Especifica-se o filme indicando-lhe o nome, sem que haja pausa e sem usar nenhum sinal de pontuação. Outros exemplos: «Leio o jornal O Estado de São Paulo.»; «Gosto da revista Época.»; «Ele mora na Avenida Paulista.»