Na atividade consversacional é possível verificar padrões de desenvolvimento das intervenções dos interlocutores, designadas por sequências conversacionais. O locutor faz uma intervenção inicial, por exemplo, um pedido, um convite, uma solicitação de informação, etc., e espera do seu interlocutor uma ratificação, uma aceitação, uma colaboração.
De modo a evitar atitudes contrárias (de não ratificação/não aceitação), o locutor recorre a estratégias diversas, entre elas a construção de pré-seq{#u|ü}ências conversacionais.
Exemplos:
– Ora viva!
– Como está?
– Muito bom dia.
– Então, tudo bem?
– Como estão todos?
Trata-se de atos expressivos, de natureza ritual, inscritos no âmbito cortesia linguística [vertente psicossocial da análise da intera{#c|}ção verbal].
No exemplo apresentado, não há desenvolvimento conversacional, mas o carácter ritual e "preventivo" destes atos mantém-se.
Recomendações de leitura:
FONSECA, Joaquim 1994 — Dimensão accional da linguagem e construção do discurso, in Pragmática Linguística. Introdução, Teoria e Descrição do Português, Porto, Porto Editora.
GOOD, Esther N. 1979 – Questions and Politeness, Cambridge, Cambridge University Press.