Depende do contexto, embora «consistir em» seja a forma mais frequente. O Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft, diz, na entrada consistir, o seguinte:
«consistir em… (OBS.). Repousar, residir, constituir-se: Em que consistiu seu erro? (Consistiu) em confundir as datas. // Resumir-se, cifrar-se: '… toda a felicidade da terra e do céu e do inferno consiste em poder sonhar' (Bilac: Nascentes). // Compor-se, constar, ser formado (OBS.): A herança consiste em terrenos e apartamentos. 'A biblioteca (…) consistiria nuns trezentos volumes' (Rui: Fernandes). // Basear-se, firmar-se: Princípios em que consiste o saber filosófico. – OBS. Também ocorre «consistir de…», na acepção «compor-se, constar», justamente por causa da regência desses verbos: a peça consiste em três atos = consta de três atos. Em alguns casos (tradução, reprodução de saber importado, etc.), influência do inglês: 'consist of'. Regência não prestigiada pelos que melhor escrevem.»
N. E. (29/09/2020) – Sobre o uso de «consistir de», observa-se no Dicionário Houaiss que «os puristas sugeriram evitar o uso da preposição de regendo o objeto indireto (consistir de), por galicística, preferindo em seu lugar em». Também em Portugal, entre autores de orientação prescritiva, se condena «consistir de» por galicismos, como é o caso de Vasco Botelho de Amaral (1912-1980), no Grande Dicionário de Dificuldades e Subtilezas do Idioma Português (1958), que sobre este uso declara: «É galicismo inadmissível. (Os Ingleses dizem to consist of.) Em português a regência é consistir em: "o trabalho de assistência consistia em convencê-los..."»