Os dicionários consultados não registam a forma “bocageano”, mas apenas o termo bocagiano, adjetivo com o sentido de “relativo a Manuel Maria Barbosa du Bocage, poeta português» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
Diga-se, porém, que, neste mesmo dicionário, se regista o uso da forma grafada como bocageano em 1899, o que aponta para uma evolução da grafia desta forma para a atualmente considerada correta.
Segundo o acordo ortográfico de 1990, o termo bocageano e outros da mesma natureza poderão ser mantidos em assinaturas e firmas (dando continuidade, aliás, ao que se fazia no anterior acordo ortográfico):
«Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registo legal, adote na assinatura do seu nome. Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registo público.» (Base XXI)
Esclareça-se que a grafia da palavra só por si não se enquadra na regra do AO. Contudo, se existir uma firma cujo nome registado se escreve «Farmácia Bocageana», aceita-se a grafia com e, dado tratar-se de uma situação abrangida pela Base XXI do AO em vigor (e pela Base L do anterior acordo, de 1945).