Em Áreas Críticas da Língua Portuguesa, de João Andrade Peres e Telmo Móia, encontra as definições que pede. Aí vão transcritas:
Predicador
«[...] elemento que, consoante os casos, exprime uma propriedade de uma ou mais entidades ou uma relação entre entidades.» (pág. 22)
Argumento
«[...] expressões que identificam as entidades a que se aplica uma propriedade ou entre as quais é estabelecida uma relação.» (pág. 23)
Argumento externo
«[...] aquele que se realiza tipicamente fora do sintagma de que o predicado é núcleo, ou seja, é o argumento que se realiza geralmente como sujeito.» (pág. 25)
Argumento interno
«Os argumentos internos de um predicado são [...] aqueles que se realizam dentro do sintagma referido, como complementos do predicado.» (pág. 25)
A oposição entre argumento interno e externo vê-se melhor no seguinte exemplo:
(1) «O pai deu uns patins ao filho.»
argumento externo: «o pai»
argumentos internos: «uns patins», «ao filho»
Relativamente ao adjunto do predicador, encontra-se a seguinte definição na Gramática da Língua Portuguesa, de M.ª Helena Mira Mateus et alii (Editorial Caminho, págs. 182/183):
«[adjuntos] são unidades que fazem parte da interpretação situacional, mas não dependem de nenhum item lexical presente na frase, como acontece com expressões de tempo e muitas expressões de localização espacial.»
Por exemplo:
(2) «O pai deu uns patins ao filho no Natal passado.»
(3) «O pai deu uns patins ao filho na quinta dos avós.»
adjuntos: «no Natal passado» [em (2)] e «na quinta dos avós» [em (3)].
Quanto à análise proposta, está certa: «perdeu» é o predicador, e «a camisola», o argumento interno.