As línguas não são repositórios de velharias. Elas são dinâmicas e permitem o uso personalizado dos falantes.
É muito natural que quem usou “antiquérrimo” ou tenha querido fazer humor ou tenha querido dar ênfase a esta palavra.
Eis diferentes processos de formar o superlativo na Língua Portuguesa:
1) Superlativos terminados em -ílimo:
fácil – facílimo; difícil – dificílimo; grácil – gracílimo; humilde – humílimo
2) Superlativos terminados em -érrimo:
acre – acérrimo; célebre – celebérrimo; íntegro – integérrimo; livre – libérrimo; pobre – paupérrimo; salubre – salubérrimo.
3) Superlativos terminados em -íssimo:
rico – riquíssimo; etc.
Ao aplicar o sufixo -érrimo, o falante alargou a respectiva lista e assim chamou a atenção ou intensificou o superlativo. Se não quisesse sair da regra geral, teria dito antiquíssimo.