Regista-se efetivamente a palavra aliá (e a sua variante aleá) como designação de «elefante fêmea», conforme definição do Dicionário Houaiss, dicionário que a classifica como regionalismo (asiaticismo do Sri Lanca, ou seja, de Ceilão) e lhe atribui a seguinte etimologia:
«[Sebastião] Dalg[ado] refere que em cing[alês] há diversos nomes para elefante e que, em Sri Lanka, nenhuma fêmea tem presas e raros são os machos que os apresentam: "Os port[ugueses], que já conheciam na Índia o animal com dentes e lhe davam o nome europeu com o seu gênero próprio, ouvindo que os indígenas (no Ceilão) chamavam comumente aliya ao seu paquiderme, entenderam que tal era a denominação específica de ´todo o elefante sem dente, quer seja macho quer fêmea`...»
A mesma fonte indica que a palavra elefante está atestada desde o século XIV, aliá, desde princípios do século XVII, e elefanta, em 1844. Estas datações parecem confirmar aliá como palavra mais antiga que elefanta, apesar de a primeira ter uso muito restrito ou nulo na atualidade (cf. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa; o Corpus do Português de Mark Davies e Michael Ferreira não faculta qualquer ocorrência, o mesmo se verificando nos corpora da Linguateca).