Concordo com a sua sugestão, que do ponto de vista ortográfico e filológico me parece correta. Na verdade, uma sequência fonética constituída por sibilante e consoante numa língua estrangeira costuma adaptar-se juntando um e protético, isto é, em princípio de palavra; por exemplo, ski > esqui. Depois, é também um fato que o m final de spam, para ser articulado, terá ou de nasalar a vogal que o preceda (ã, como na forma brasileira Vietnã, e daí "espã") ou de formar sílaba e, nesse caso, precisa de uma vogal, que costuma ser aqui também e ("espame", como em Vietname, forma preferida em Portugal). Estes aportuguesamentos permitem contornar o problema de spam não ter plural em inglês, uma vez que se comportam como um substantivo contável ("espãs" ou "espames"). Mas convém sublinhar que estamos a discutir formas que ainda aguardam a sua implantação em Portugal e provavelmente noutros países de língua portuguesa.