Em português o melhor livro (ou pelo menos o mais conhecido) sobre o assunto é de I. Xavier Fernandes e chama-se Topónimos e Gentílicos. Os seus dois volumes saíram no Porto, em 1941 e 1943.
Nesta obra verá que os sufixos mais usuais para o efeito são: -ense, -ês, -ano, -ino, -ão, -aco, -ejo, -eno, -io e -ista. O que aparece mais é -ense (do lat. -ensis, no acusativo). Eis um exemplo de cada sufixo: alcobacense, cordovês, sevilhano, tunisino, coimbrão, polaco, esloveno, paulista, algarvio, castrejo.
Por vezes juntam-se dois ou mais, como em etiopiano (usado por Fr. Pantaleão de Aveiro) e torrejano ou torrejão, e frequentemente uma terra dá origem a dois ou mais gentílicos: Lisboa –> lisbonense, lisboeta; Braga –> braguês, bracarense; Santarém –> santareno, escalabitano (Scalabis era o nome da cidade em latim); Póvoa de Varzim –> povoense, poveiro e varzino; etc.
Turco é forma antiga e consagrada, pelo que não há qualquer necessidade de a substituir por um neologismo.
De facto, em Portugal só se usa polaco e no Brasil apenas polonês, que Cândido de Figueiredo condenava «por ser uma espécie de máscara do francês polonais». Há também polónico e polónio, este último usado por Camões (Lusíadas, canto III, est. XI).
Em polaco diz-se polski, tirado do nome do país (Polska).