Segundo José Pedro Machado (Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa), o apelido Maçorano é uma antiga alcunha, que inicialmente significava «natural de Maçores». Por sua vez, Maçores é, em Portugal, um topónimo de Baião (Porto) e de Torre de Moncorvo (Bragança), que aparece como variante de Mançores, nome de lugar nos concelhos de Arouca, Ovar e Tondela.
Machado considera que estas formas toponímicas derivam do patronímico de Mançor, nome próprio de origem árabe (mansūr, «vitorioso»). Existe ainda outra variante — Almançor1, de al mansūr, com o característico artigo árabe —, a qual designa hoje uma serra na Beira Baixa (Trancoso), dois rios (um no Alentejo e outro na Estremadura), e alguns lugares nas regiões de Castelo de Paiva (distrito de Aveiro) e Évora.
1 Este era também, no período da Reconquista, o nome do célebre ministro árabe Almançor (938-1002), que voltou a conquistar Coimbra aos Cristãos e saqueou Barcelona, Leão e Santiago de Compostela. Este antropónimo é muito frequente nas regiões onde se fala o árabe (Machado, op. cit.).