A palavra dona é «título concedido às senhoras de famílias nobres (abrev.: d. ou D.) [Us. como tratamento honorífico, de que era precedido o nome próprio de mulheres pertencentes às famílias reais de Portugal e do Brasil, estendeu-se a todas as mulheres caracterizadas por algum título de superioridade, respeito etc., como as casadas, viúvas, religiosas, idosas; em Portugal, para as de nível mais elevado, pode-se dizer senhora dona.]». Por extensão de sentido, ainda é um regionalismo do Brasil, tratando-se de «mulher que se casou ou vive maritalmente, independentemente do nível econômico-social; esposa [No Brasil, estende-se o conceito a jovens mulheres casadas, mas não a crianças e adolescentes.]»; por oposição à donzela ("mulher virgem"), é «mulher iniciada no sexo». Também tem uso informal e pejorativo (regionalismo do Brasil), e significa «qualquer mulher de quem se fala». Por fim, também é (como regionalismo de Cabo Verde) «mãe da mãe (avó materna) ou mãe do pai (avó paterna)».
Dona vem do «lat[im] domĭna,ae, "proprietária, mulher, senhora, esposa", fem[inino] do lat[im] domĭnus,i, "proprietário, possuidor, senhor de", cog[nato] de domus,i ou us, "casa, habitação, família, pátria", t[am]b[ém] us[ado] como forma de tratamento; (...); f[orma] hist[órica] 960 domna, 1277 donna, sXIII dona "título honorífico", sXIII dona, sXIV donna "senhora, dama, proprietária"».
[Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss]