Recomenda-se o uso de hífen, dado ser um composto formado por dois substantivos, estando o segundo a especificar o primeiro: meia-arrastão («meia de malha aberta»).
À semelhança deste exemplo, a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 atribui hífen às «[...] palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.»
Refira-se que meia-arrastão pode ocorrer com a forma «meia-calça de arrastão», que também aparece como «meia-calça arrastão» – a qual, atendendo ao preceito atrás exposto, deveria grafar-se meia-calça-arrastão, que se revela inusitada por juntar três substantivos. Arrastão, entre outras aceções, significa «tecido de malhas bem abertas, ger. us. para fazer camisas, meias etc., cuja trama lembra a de uma rede» (Dicionário Houaiss).