Vejamos o processo de formação envolvido nas palavras que indica:
montanha — a palavra não é formada por nenhum processo morfológico produtivo no português contemporâneo; segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva do latim tardio montanĕa, substantivo feminino de montanĕus, em lugar do latim clássico montānus, que indica o que é «relativo a monte, montanha». O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea indica ainda que montanha deriva do latim *montanea, de mons, montis «monte»;
final — a palavra não é formada por nenhum processo morfológico produtivo no português contemporâneo; deriva do latim tardio finālis, e refere-se ao que é «relativo aos limites, que limita, que circunscreve, final»;
qualquer — formada por composição, de qual + quer (3.ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo querer);
dezoito — o Dicionário Houaiss indica que dezoito é uma palavra formada por composição, de dez- + conjunção e + oito. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, indica que esta palavra deriva do latim decem ac octo, «dez e oito»;
passatempo — formada por composição de passa (3.ª pessoa do verbo passar) e pelo substantivo tempo;
Florbela — formada por composição de flor e de bela; é usado como nome próprio, pelo que se escreve com maiúscula inicial;
pontapé — formada por composição, de ponta + pé;
As palavras Florbela e pontapé apresentam, respectivamente, a estrutura Nome + Adjectivo e Nome + Nome e foram inicialmente compostos morfossintácticos. No entanto, devido ao seu grau de lexicalização, já não se comportam como palavras compostas, mas como palavras simples. Se for necessário usá-las no plural, apenas se faz a flexão no final da palavra composta, acrescentando um –s («Florbelas» e pontapés).