Da pesquisa que realizámos em gramáticas e em dicionários, concluímos que dromedário — classificado como «substantivo ou nome masculino» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2001; Dicionário dos Nomes Deverbais) — é o nome de um animal que «possui um só género gramatical para designar um e outro sexo» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 13.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 1997, p. 196), pertencendo ao grupo dos nomes de animais denominados «substantivos/nomes epicenos» (idem). Assim, «quando há necessidade de especificar o sexo do animal, juntam-se então ao substantivo macho e fêmea» (idem), como são os casos de «crocodilo macho, crocodilo fêmea; o macho ou a fêmea do jacaré».
Portanto, dir-se-á, para se designar o feminino de dromedário, dromedário fêmea.1
1 Como anteriormente assinalámos, os termos fêmea e macho usam-se quer com hífen quer sem ele: no Brasil, favorece-se a hifenização (ver Dicionário Houaiss, s. v. macho), mas em Portugal essa tendência não está claramente documentada. Os vocabulários ortográficos até agora publicados, que seguem o novo Acordo Ortográfico, são omissos quanto a esta questão. O Vocabulário Ortográfico do Português regista designações de espécies botânicas nas quais macho e fêmea são precedidos de hífen (p. ex., abrótano-macho, abrótano-fêmea; feto-macho, feto-fêmea), mas trata-se de designações de espécies botânicas e não de indivíduos de sexos diferentes da mesma espécie.