Agradecemos a sua valiosa colaboração nesta questão. Na resposta em causa faltou esclarecer que nos referíamos à terminologia tradicional portuguesa, tal como ela se encontra exposta na Nomenclatura Gramatical Portuguesa de 1967. De qualquer modo, os comentários do consulente foram tidos em conta, permitindo-nos alterar a passagem citada, sobretudo porque não queríamos dizer que não houvesse função sintáctica para tal constituinte.
Em relação à Nomenclatura Gramatical Brasileira de 1959, a terminologia tradicional empregada em Portugal distingue-se pelo facto de não considerar a diferença entre adjunto adverbial e complemento nominal. Deste modo, as expressões adverbiais sublinhadas em (1) e (2) são ambas classificadas como complementos circunstanciais:
(1) «As fotocópias estão prontas na sexta-feira.»
(2) «Este empregado é pronto no serviço.»
Na Nova Gramática do Português Contemporâneo, que Celso Cunha e Lindley Cintra publicaram em 1984, já se propunha a distinção que é corrente no Brasil. Mais recentemente, na nova terminologia linguística que se procura implantar em Portugal desde 2004 — referimo-nos à Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário, conhecida por TLEBS —, distingue-se modificador de complemento, sendo o primeiro equivalente ao termo adjunto (adnominal ou adverbial) e o segundo, ao complemento (nominal ou verbal), na terminologia brasileira. Neste momento, a TLEBS encontra-se em revisão, pelo que não se confirma que a referida distinção passe a fazer parte da terminologia gramatical usada em Portugal.