Frederico Lourenço defende as línguas clássicas a propósito da sua Nova Gramática do Latim
Apesar de alguns sinais de recuperação, é mínima, se não mesmo nula, a oferta de latim e grego no ensino não universitário de Portugal, situação agravada pela escassez e desatualização dos materiais de estudo para o público de língua portuguesa. À volta do lançamento da sua Nova Gramática do Latim (Lisboa, Quetzal, 2019) e do seu percurso académico, o professor universitário, classicista, escritor e tradutor Frederico Lourenço defende o regresso das línguas clássicas aos currículos e dá conta dos projetos de tradução que tem levado a cabo – com especial relevo para o da Bíblia em grego, incluindo os Septuaginta –, em entrevista concedida ao jornal digital Observador (6/04/2019) e aqui transcrita com a devida vénia.
Na imagem, lápide depositada no Museu Municipal José Monteiro do Fundão, na qual se lê a seguinte inscrição em latim (entre parênteses, o desenvolvimento das abreviaturas): Nepos / Arconis F(ilius) / H(ic) S(itus) E(st) / S(it) T(ibi) T(erra) L(evis) (tradução: ««Nepos, filho de Arcão, está aqui sepultado, que a terra lhe seja leve»; informação disponível em Arqueofundao.hotspot.com e Hispania Epigraphica).