Maria Regina Rocha - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pela autora

     «Sabemos que é embaixador da marca de automóveis Crysler, como é que isso aconteceu?»1
     É necessário um ponto final, em vez da vírgula, entre as palavras «Crysler» e «como»: «Sabemos que é embaixador da marca de automóveis Crysler. Como é que isso aconteceu?»
     Numa frase, não pode haver uma oração principal («Sabemos») e uma interrogativa directa («como é que isso aconteceu»), que é uma o...

A propósito da marcha pelo emprego promovida pelo Bloco de Esquerda, ouviu-se na peça jornalística do Telejornal da RTP-1 de 2 de Setembro p.p. que «os bloquistas percorrem o país para denunciar a precaridade, os recibos verdes (…)». E mais adiante: «Depois dos contactos de rua, seguiu-se um comício numa das zonas mais afectadas do país pelo desemprego”.

O erro do comentador foi este: em vez de onde, usou aonde. É que onde indica estada, permanência “em” um local (onde se está, onde se vive, onde fica), enquanto aonde indica movimento em direcção a um local, juntando-se, pois, a verbos de movimento (aonde ir, aonde se dirigir).

     «(…) a história da queda das Torres Gémeas, nos Estados Unidos da América. A mesma que o mundo assistiu a 11 de Setembro de 2001», escrevia-se no “24 Horas” de 29 de Agosto p.p.
     Escrevia-se mal: o verbo assistir no sentido de «presenciar, observar» exige a preposição a: assistir a um concerto, assistir a um acidente.
     Portanto, «A mesma a que o mundo assistiu».

No programa “Notas Soltas” da RTP-1 de segunda-feira 28 de Agosto, António Vitorino, a propósito do envio de forças portuguesas para o Líbano e do seu custo, informou que «quando as missões são com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como é este caso, o grosso dos custos serão garantidos pelo próprio orçamento das Nações Unidas (…)». E, mais adiante, re...