Maria Regina Rocha - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pela autora

Pergunta:

   Definições da palavra gastroplastia (análise semântica).

Resposta:

   A palavra gastroplastia, formada do grego gastér, trós, que significa “estômago”, e plastós, “modelado”, com o sufixo -ia, designa a operação cirúrgica de restauração da cavidade grástrica (estômago), obliterando-se a parte perfurada.

Pergunta:

A minha dúvida é saber se a palavra porta-voz também permite o feminino, ou seja, a porta-voz.

Muito obrigada pela vossa colaboração.

Resposta:

Permite, sim. Porta-voz é um substantivo comum de dois géneros: o porta-voz e a porta-voz.

Pergunta:

A palavra inigualitária existe?

Resposta:

Existe, sim. A palavra inigualitário (= que não é igualitário) vem registada na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, com a seguinte abonação: “Não como na moral rudimentar e inigualitária dos Índios.”, Bruno, A Idéia de Deus, IV, p. 210.

Pergunta:

Sempre fui ótima aluna em Português, mas esse ano estou sentindo dificuldades. Estou na 8.ª série.

Gostaria que me mandassem dicas para saber identificar e como aprender mais sobre essa "orações", mande-me folhetos explicativos, etc.

Agradeceria muito!

Resposta:

A divisão e classificação de orações compreende todo um capítulo da gramática, assunto que não cabe numa página destas. Poderá consultar qualquer gramática na parte respeitante ao período e sua construção e à subordinação.

Vou, no entanto, referir-lhe alguns aspectos genéricos destas orações.

As orações subordinadas substantivas são introduzidas pelas conjunções integrantes “que” ou “se”, e completam o sentido de outra oração, desempenhando em relação a ela a função de sujeito, complemento directo, complemento indirecto, complemento nominal, nome predicativo ou aposto, ou seja, funções normalmente desempenhadas por substantivos.

Ex.:

1. É possível que amanhã esteja a chover. – “que amanhã esteja a chover” é o sujeito de “é possível”.
2. Digo-te que o livro é fantástico. – “que o livro é fantástico” é o complemento directo de “digo-te”.
3. Não sei se a Rita vem hoje. – “se a Rita vem hoje” é o complemento directo de “não sei”.
4. Oponho-me a que ele esteja presente. – “a que ele esteja presente” é o complemento indirecto de “oponho-me”.
5. Estou convencido de que ele tem razão. – “de que ele tem razão” é complemento nominal de “convencido”.
6. A minha esperança é que ele venha depressa. – “que ele venha depressa” é o predicativo do sujeito de “a minha esperança é”.
7. Já nos deram a boa notícia: que ela passou de ano. – “que ela passou de ano” é aposto de “boa notícia”.

Quanto às orações subordinadas adverbiais, como a consulente nos escreve do Brasil, direi que, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, elas se classificam de orações causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativ...

Pergunta:

Por que o predicativo do objeto sendo complemento que modifica, que completa o "objeto" é classificado como termo essencial da oração e o "objeto" que é o termo a ser completado é classificado como termo integrante da oração?

Se o termo integrante não é essencial, como pode o termo essencial ser complemento do integrante?

Resposta:

Os termos essenciais de ma oração são o sujeito e o predicado. Se o predicado for nominal ou verbo-nominal, o predicativo do sujeito é também termo essencial, pois faz parte do núcleo do predicado.

Quanto ao nome predicativo do complemento directo (predicativo do objecto), trata-se de um termo integrante, conforme vem referido na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra.

A terminar, direi que esta designação é algo de secundário. A terminologia de termos essenciais, integrantes e acessórios é apenas uma taxinomia entre outras. Na gramática tradicional, fazia-se a distinção entre elementos principais e secundários. Actualmente, distinguem-se os termos nucleares e os marginais, os argumentais e não argumentais, os opcionais e não opcionais, os integráveis e não integráveis.