v - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
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Textos publicados pelo autor
Hipocritões e Olhigarcas
Passado e Futuro das Guerras Culturais
Por Rui Tavares

Em Hipocritões e Olhigarcas. Passado e Futuro das Guerras Culturais, o historiador e político Rui Tavares reúne as aulas que deu «num curso sobre "Guerras Culturais: Outrora e agora, aqui e lá fora" na escola online da Tinta-da-China e do Público, acrescentado de algumas reflexões que foram publicadas em crónicas da Folha de São Paulo e do Expresso» (p. 5). Não sendo obra que se refira diretamente às línguas ou especificamente ao português, revela-se, contudo, como um documento muito interessante do ponto de vista da informação extralinguística associada ao significado do termo «guerra cultural», de grande atualidade nas colunas de opinião da comunicação social em português. 

Não falando da figura da capa, que anuncia o fio condutor da argumentação desenvolvida ao longo do volume, quer o título quer o subtítulo – Passado e Futuro das Guerras Culturais – são intrigantes e pedem esclarecimento. O título Hipocritões e Olhigarcas exibe duas palavras inventadas com intuitos críticos, que não são aqui divulgados para não anular o suspense só resolvido no final do livro. Mesmo assim, sem querer levantar completamente o véu, a sua morfologia entende-se por um jogo que envolve, no caso de "hipocritão", uma amálgama com termos pejorativos terminados em -ão, e "olhigarca" relaciona oligarca com os atuais algoritmos ...

Festivais Tradicionais Chineses
Vistos pelos alunos e professores da ESLCLGG
Por Vários autores

O ensino da língua portuguesa em Macau (território em que o português é língua oficial até 2049) passou a integrar os currículos escolares ainda nos anos 70, mas foi nos 80, em ambiente de pré-transferência de soberania portuguesa para a chinesa, que a sua implementação foi mais forte e também mais dinâmica. Atualmente, as autoridades em Macau têm feito um grande investimento na promoção do ensino do português, sendo isto visível no crescente número de escolas de ensino não universitário que oferecem aos seus estudantes a oportunidade de estudar português. Várias destas instituições conciliam a aprendizagem mais formal da língua com outras atividades, procurando assim incentivar os estudantes para a aprendizagem da língua portuguesa. Neste sentido, a Escola Secundária Luís Gonzaga Gomes e o Instituto Internacional de Macau, publicaram, este ano, um e-book (livro eletrónico), intitulado “Festivais Tracionais Chineses: vistos pelos alunos e professores da ESLCLGG” e que compila trabalhos dos estudantes sobre algumas tradições chinesas explicadas em português e chinês.

Nesta publicação são apresentados oito festivais tradicionais chineses que vão desde o festival dos barcos dragão até ao festival do solstício de inverno. Cada uma das apresentações é composta por uma descrição do festival em português, seguida da respetiva tradução em chinês e acompanhada por ilustrações realizadas pelos estudantes que participaram no projeto. No fundo, este e-book é o resultado do tipo de tarefas que pretendem colocar o estudante a falar de um tópico que lhe é familiar, neste caso algumas das suas tradições, na língua estrangeira que se encontra a aprender, fomentando assim um contacto positivo entre o português e a sua c...

Discurso Académico: Complexidade Teórica e Diversidade Didática
III Encontro Nacional sobre Discurso Académico (ENDA 3)
Por Carla Marques, Matilde Gonçalves, Noémia Jorge

Discurso Académico: Complexidade Teórica e Diversidade Didática é uma publicação da Grácio Editor e organizada por Carla MarquesMatilde Gonçalves e Noémia Jorge. Reúne um conjunto de artigos que resultam dos contributos apresentados no III Encontro Nacional sobre Discurso Académico (ENDA 3) e que, à semelhança das duas edições anteriores, resultam de investigações recentes sobre discurso académico. Nesta edição, dá-se especial destaque à relação entre elaboração de conhecimento humano e a Inteligência Artificial (IA), uma vez que, segundo as organizadoras, «a propagação da IA e o seu aparecimento no quotidiano, nas escolas e nas faculdades, levam a uma discussão necessária sobre o seu modo de funcionamento, a sua utilização e o seu impacto quer na formação, quer no desenvolvimento da pessoa ao longo da vida» (página 12).  

Em termos estruturais, esta obra está organizada em duas partes: uma primeira parte dedicada à relação entre o discurso académico e a IA, explorando alguns dos desafios inerentes à relação entre IA e os processos de escrita e de investigação. Já a segunda parte discute o tratamento de vários géneros associados a diferentes contextos de aprendizagem.

Na primeira parte, destaca-se o artigo «O que há de artificial na Inteligência Artificial?», da autoria de Carlos Gouveia, que reflete sobre a artificialidade e a potencialidade do uso da IA no contexto académico, defendendo-se que «o potencial de transformação da Inteligência Artificial vem sobretudo...

<i>Lingvarvm Arena</i>, volume 15
Revista de Estudos em Didática de Línguas da Universidade do Porto
Por Vários autores

A divulgação de estudos que congregam diferentes olhares disciplinares sobre o ensino de línguas maternas e estrangeiras tem sido uma aposta de várias universidades portuguesas nos últimos tempos. A preocupação em investigar os métodos e técnicas que são ou poderão ser implementadas no ensino de línguas é o reflexo das mudanças em curso dos sistemas educativos e dos desafios que estas trazem para a sala de aula. De modo a analisar algumas das questões relevantes da didática das línguas em diferentes realidades e geografias, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, lançou, no final de 2024, o volume 15 da revista Lingvarvm Arena, publicação dedicada aos estudos da didática.

Direcionado sobretudo para professores, investigadores e estudantes de línguas, este volume apresenta um conjunto de textos que se debruçam sobre questões como a escrita manuscrita, a produção escrita em português como língua materna, a produção oral no português como língua estrangeira, os manuais para o ensino bilingue e os erros ortográficos em futuros professores.

A nível estrutural esta publicação inclui sete textos e duas recensões críticas, dos quais destacamos «Erros ortográficos no presente em professores do futuro: relação (im)provável?», de José António Costa, Inês OliveiraJoana Querido e Ana Sofia Lopes. Neste estudo são analisadas 104 provas realizadas por estudantes de Educação Básica, futuros professores, em que se sobressaem desvios de natureza gráfica como, por exemplo, correspo...

Investigação, Práticas e Contextos em Educação
Livro de ata
Por Vários autores

Nos últimos anos, a realização de eventos científicos e de divulgação de investigação feita sobre questões educativas tem sido múltipla. Estes eventos servem não só para momentos de partilha, mas também de socialização, intensificando o sentimento de comunidade entre estudantes, investigadores e profissionais de educação. Neste contexto, a Escola Superior de Educação e Ciências Socias do Instituto Politécnico de Leiria tem vindo a organizar anualmente a Conferência Internacional de Investigação, Práticas e Contextos em Educação (IPCE), promovendo a partilha de experiências educativas variadas. Com base no que foram os trabalhos apresentados na última conferência, ocorrida entre 3 e 4 de maio de 2024, surge agora a publicação do livro de atas, organizado por Maria Odília Abreu, Isabel Simões Dias, Tiago Ribeiro, Marisa BarrosoHélia Gonçalves Pinto e Ana Margarida Neves.

Esta publicação é composta por 16 artigos e 16 relatos, explorando temas relacionados com a educação para a diversidade, educação para os media ou ainda educação para a ciência. Dos artigos aqui reunidos, destacamos «A literatura no Jardim de Infância: refletindo e investigando práticas socializadas em torno dos livros», da autoria de Marta Marques, Sónia Correia e Maria José Gamboa. Neste...