1001 Razões para Gostar de Portugal, do investigador universitário para a área dos media e da Internet José Carlos Abrantes, começa por ser «um elogio aos portugueses que labutam, acreditam, criam.» Com dedicatória explícita: «Aos que pensam que o país, velho de História, se pode renovar pela seriedade, pelo empenho, pelo profissionalismo, mas também pelo humor, pela alegria de viver. E de fruir e partilhar as grandes, como as pequenas, coisas.» Entre essas 1001 razões de se gostar de Portugal – de criadores a artistas, projectos e empresas, públicas e privadas, a nossa gastronomia, o clima e os modos de viver portugueses –, ficam só algumas das escolhas de José Carlos Abrantes: «O amor é fogo que arde sem se ver, escreveu Camões. Será que se pode dizer melhor? Os grelos, salteados ou não. As colchas de Castelo Branco. O Chapitô nascido da força de Teresa Ricou. A Culturgest criada por um banco, a Caixa Geral de Depósitos, no tempo de Rui Vilar (Lisboa). A York House, nas dormidas como na comida, no prazer do jardim e do bar (Lisboa). A Basílica da Estrela, que data do século XVIII (Lisboa). O catálogo de Lisboa Photo 2003, editado pela ASA. A paisagem alentejana. A Livraria Bertrand, da Rua Garrett, em Lisboa, fundada pelo francês Pierre Bertrand e que existe, neste local, desde 1773, poucos anos depois de o terramoto ter destruído as instalações iniciais. A Rua do Surdo, no Funchal, rua onde se situa a sede do Partido Socialista. Boa metáfora para o lado mais autista dos políticos, de todos os quadrantes. O álbum e a canção Mudam-Se os Tempos, Mudam-Se as Vontades, de José Mário Branco, esta sobre poema de Camões, aquele editado em 1971. E também outras canções como Eu Vim de longe, Eu Vou pra longe, Casa Comigo, Marta. O charme do Hotel Astória, em Coimbra.» Ou figuras como a bióloga Maria de Sousa, o Nobel da Literatura José Saramago, o cineasta Manoel Oliveira, a pedagoga Mari...