Pelo menos, quatro vezes fato (p. 24 (2), 37, 56) – por facto; pelo menos outras tantas contato (p. 24, 29, 34 (2) – por contacto; uma vez, co-produção (p. 42) – por coprodução; uma vez, vêem (p. 50) – por veem. Foi o que numa leitura corrida detetei no n.º 1 da Estante, a nova revista da FNAC (Portugal), recentemente saída. Também me pareceria curial que no principal artigo da revista – e tema de capa –, que assinala os oito séculos da língua portuguesa, se substituísse lobby (p. 36) por lóbi, já dando de barato as duas vezes que no mesmo texto surge ranking (p. 36). É possível ainda detetar um ou outro pecadilho adicional que uma revisão atenta resolveria mas que não carece aqui abordar.
Adotar ou não o Acordo Ortográfico de 1990 é, ainda, uma opção editorial, mas adotá-lo e aplicá-lo com falhas deste tipo, sobretudo a de fato – por facto – já é menos aceitável, ademais numa revista que fala de livros e cujo artigo de capa aborda a importância da língua portuguesa.